domingo, setembro 16

falências

e eu sei como essa história termina, ela com ele, ou ele com outra, ou as outras com ele; eu sozinha, novamente pela estrada do mundo, sem rumo. com novos vestidos, novos bares, novas barbas e a mesma marca de cigarro. não nasci para ser prostituta, nem mesmo puta. mas nasci para ser a outra, a insigficante, o caso sexual. não sei até que ponto isso me incomoda, na verdade. o que me perturba é a relação que tenho comigo mesma, que também posso definir como um sex affair barato, já que não me dou o direito de diálogos com a consciência, de me entregar ao que sinto, de gostar de quem sou sem perguntas e sem espelhos. apenas uso e abuso, especialmente do meu corpo. fígado já não devo ter. queria era não ter útero.

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